Blog do Kielse - Deputado Estadual Paraná

RODOVIA DOS MINÉRIOS

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KIELSE PROPÕE USAR PARTE DOS CRÉDITOS DE ALAGOAS PARA DUPLICAÇÃO DA RODOVIA DOS MINÉRIOS

O deputado estadual e vice-líder do Governo na Assembleia Legislativa, Cleiton Kielse (PMDB), propôs, durante discurso em plenário nesta terça-feira (14), que parte do pagamento da dívida de R$ 106,7 milhões que o Estado de Alagoas pretende quitar com o Paraná seja utilizada na duplicação da Rodovia dos Minérios (PR-092), trecho entre Curitiba e Rio Branco do Sul. De acordo com o parlamentar e através de dados disponibilizados pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER-PR), cerca de R$ 20 milhões, apenas 19% do valor da dívida, seriam necessários para as obras completas na rodovia, onde circulam aproximadamente três mil caminhões diariamente apenas no escoamento de cimento e calcário.

A necessidade da duplicação da rodovia, para o deputado Kielse, resulta dos acidentes e óbitos que ocorrem todos os dias, sejam tragédias causadas pelo intenso tráfego na pista única ou atropelamentos de cidadãos que buscam atravessá-la. “O uso de uma pequena parte da dívida do Estado de Alagoas referente aos precatórios da privatização do Banestado geraria centenas de milhões de reais ao Vale da Ribeira, sem dúvida alguma, no minuto seguinte a qualquer notícia de duplicação da rodovia. Hoje em dia, descartando o eixo Araucária - São José dos Pinhais, trata-se da região que mais gera ICMS ao Governo do Estado do Paraná”, explicou Kielse.

Durante seu discurso, Kielse ressaltou a importância da rodovia, que faz a interface de ligação com os Contornos Norte e Leste e onde cerca de 80% dos veículos pesados que trafegam dentro do Vale do Ribeira partem do eixo de Curitiba para todos os pontos do Brasil. “Vamos apresentar esta proposta diretamente ao governador Roberto Requião, que sempre foi sensível às causas do Vale do Ribeira. A rodovia está completamente saturada, possui uma única saída vinculada a um trecho de 18 quilômetros e que, em horário de pico, leva-se mais de uma hora para percorrer este curto trajeto”, destacou. Segundo o parlamentar, cerca de 160 mil pessoas e seis mil empresas seriam beneficiadas diretamente com a obra.

Kielse apontou ainda que o transporte coletivo diário de cerca de 20 mil empregados diretamente neste eixo coloca a rodovia entre as três mais adensadas do Estado. “O trânsito pesado de caminhões e ônibus, principalmente no perímetro de Almirante Tamandaré, pressupõe a necessidade de desapropriações e duplicação da rodovia. Apenas do Grupo Votorantim, temos uma média de 400 caminhões bitrem trafegando diariamente dos municípios de Rio Branco do Sul e Itaperuçu até o Trevo de Almirante Tamandaré”, argumentou. Os valores estimados pelo deputado são baseados nos valores médios por quilômetro de asfalto e dos viadutos necessários no trecho.

LEI – Nesta terça-feira, foi aprovado na Assembleia o projeto de lei que autoriza o Governo do Estado a receber os créditos de R$ 106,7 milhões do Governo de Alagoas, que possui uma dívida com o Paraná que vence em 2012. Como pretende fazer um empréstimo junto ao Banco Interamericano de Investimento (BID) e está impedido de fazê-lo pelo Banco Central enquanto não quitar a dívida, Alagoas propôs antecipar o pagamento. O débito faz parte do pacote de títulos públicos considerados podres adquiridos pelo então Banestado antes de sua privatização.

Os títulos, assumidos pelo Estado quando a instituição foi vendida ao Banco Itaú durante o governo Lerner, tem gerado uma multa mensal ao Paraná por parte da Secretaria do Tesouro Nacional (STN). “Temos consciência do grave do erro da privatização do banco do Estado, que causou grandes prejuízos ao Paraná. Buscaremos dentro da Assembleia e da Câmara Federal as formas de demonstrar o prejuízo da ordem de R$ 14 bilhões através de uma privatização que deveria ser da ordem privada e foi palco do maior vexame da história deste Estado”, afirmou Kielse em discurso.

Em fevereiro de 2008, Kielse propôs apurar os motivos que levaram ao acréscimo da multa aplicada pela STN através de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). “Nem os maiores juros de cartões de crédito cobririam as ações nesses valores que estão sendo cobrados contra nosso Estado. A ação bloqueia recursos que seriam repassados do governo federal para as administrações locais, com várias parcerias deixando de ser firmadas”, explicou, à época, o deputado.