Blog do Kielse - Deputado Estadual Paraná


O deputado estadual e vice-líder do Governo na Assembleia Legislativa, Cleiton Kielse (PMDB), reuniu-se, nesta segunda e terça-feira (12 e 13) em Curitiba, com a prefeita eleita de Nova Tebas, Heloisa Jensen. Após o caso de Nova Tebas ganhar as páginas dos principais jornais do Paraná e alcançar proporções nacionais, Kielse e a prefeita Heloisa discutiram soluções para os graves problemas de abandono e sucateamento de materiais e equipamentos deixados pelo ex-prefeito Djalma Ferreira de Aguiar, incluindo imbróglios na parte administrativa e a situação caótica nas áreas de saúde, educação, infra-estrutura, transporte e meio ambiente.

Nos encontros realizados no gabinete do deputado na Assembléia Legislativa, Kielse e Heloisa traçaram planos estratégicos para recuperar toda a parte estrutural herdada pela nova administração de Nova Tebas, município de pouco mais de 8 mil habitantes localizado na região central do Estado. O parlamentar orientou ainda a prefeita Heloisa a respeito da administração das contas públicas nos primeiros meses de mandato. “Para colocar a casa em ordem, os novos prefeitos necessitam de retidão para manter seus comprometimentos com a folha de pagamento de funcionários, que não deve ultrapassar 45% do orçamento”, explicou.

CAOS - Segundo Kielse, a prefeita terá muito trabalho para colocar a Prefeitura em ordem e apagar a gestão catastrófica dos últimos quatro anos, responsável por sumiço de peças, computadores e até do armazenamento de 18 mil folhas de cheque em branco. “A situação é conseqüência de uma gestão municipal anterior que prejudicou imensamente a nossa Nova Tebas e da completa falta de ação transitória. A ausência de prestação de contas, de relatório de bens patrimoniais e o total descaso, incluindo débitos vencidos e a não-conservação de equipamentos, fizeram de Nova Tebas um município à beira da calamidade pública”, explicou o parlamentar.

Se depender do deputado Kielse, vice-líder do Governo na Assembléia Legislativa, a ajuda para a reestruturação orçamentária e estrutural de Nova Tebas terá participação direta do Tribunal de Contas e do Governo do Estado, através de parcerias e projetos a serem executados ainda em 2009. Nesta terça-feira (12), o deputado Kielse protocolou pedidos a seis secretarias estaduais, nos quais destacam-se a necessidade de aporte financeiro para ações emergenciais de recuperação de equipamentos do Hospital Municipal, dos postos de saúde, de equipamentos rodoviários e dos ônibus destinados ao transporte escolar, além de um pedido de ambulância entregue diretamente ao Governador Roberto Requião. Calcula-se que 90% das máquinas do município encontram-se com sérias avarias e necessitam de reparos urgentes, trazendo um prejuízo de cerca de R$ 250 mil aos cofres públicos.

Kielse solicitou, além de reformas nas quinze escolas estaduais e de suas quadras poliesportivas, o apoio técnico e financeiro da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos para elaboração de um projeto para a construção de um aterro sanitário com o objetivo de resolver o problema de acúmulo de lixo a céu aberto às margens da rodovia PR-460. “Todos os investimentos que estamos buscando através do Governo do Estado terão como objetivo reestruturar o parque de máquinas e veículos, hoje praticamente inviabilizado por culpa do último prefeito, e, enfim, melhorar a qualidade de vida de toda a população de Nova Tebas”, afirmou.

PREVISÍVEL – Segundo a prefeita Heloisa Jensen, a Justiça e o Ministério Público têm suas parcelas de responsabilidade pela situação caótica em que se encontra o município. Em agosto do ano passado, o ex-prefeito Djalma Ferreira do Aguiar foi afastado do cargo, pela segunda vez, por improbidade administrativa. Reassumiu após 16 dias, através de uma liminar concedida pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJ). Segundo o Ministério Publico Federal, o prefeito teria apresentado um Projeto de Lei na Câmara, em regime de urgência, no mesmo período da transferência de recursos federais, com a intenção de criar um "crédito adicional especial" para atender o projeto do Centro de Geração de Renda.

Na época, o Ministério Público Federal pediu, além do afastamento por 112 dias e da indisponibilidade de bens, o ressarcimento aos cofres públicos de pouco mais de R$ 75 mil. Dois dias após o afastamento, Aguiar voltou ao cargo graças a outra liminar, desta vez concedida pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre.